Entrevista a Camilla Kemp

fevereiro 26, 2021



Onde nasceste e cresceste? Qual é a tua data de nascimento?

 Nasci e cresci em Portugal, entre Lisboa e Cascais. 30/01/96.

Como começaste a surfar?

Comecei a surfar aos 10 anos com o meu irmão mais velho. Praticamente queria fazer tudo o que ele fazia.


O que sentes quando estás a surfar?

Sinto-me livre e em casa mesmo quando estou no outro lado do mundo. Dentro do mar não preciso de agradar a ninguém. Sou simplesmente eu mesma.

Qual é a tua onda preferida?

Na Praia do Guincho mas adoro todo o tipo de Point breaks de direitas.


Para além do Guincho, tens outro spot favorito?

Snapper Rocks e Lower Trestles. Das ondas mais divertidas que já surfei.

Como descreves a comunidade do surf?

Unida e muito diversa.


Ainda ficas nervosa antes dos grandes eventos?

Sim, muito! Hoje em dia sei transformar isso em adrenalina e vontade de dar o meu melhor.


Tens algum ritual pré-competições?

Gosto de ouvir música e aquecer bem.


Quais são os países que já visitaste?

Muitos, mas os meus top 5 são: Austrália, USA (Califórnia), Maldivas, Indonésia e México.


Quais são os teus patrocinadores?

Semente Surfboards, Creatures of Leisure, Futures Fins e Deutsche Sporthilfe.

Diz-nos o que mais gostas da Liga MEO e qual é a tua etapa preferida?

É ótimo poder competir num formato parecido ao World Qualifing Series, para poder treinar para as etapas europeias e mundiais. As minhas etapas preferidas são na Figueira da Foz e em Cascais.


Qual foi a cidade e o campeonato que mais te marcou?

Israel, Netanya. Foi a minha primeira final numa etapa de WQS. Um sítio completamente diferente com ondas muito diferentes daquilo que estamos habituados em Portugal. Lá o mar muda de um dia para o outro. 

Quantos títulos tens?

Fui campeã nacional sub 16 e sub 18 feminino.

Vice campeã europeia sub 16. 

Fui campeã europeia sub 20 do Volcom Tour e qualifiquei-me para a final mundial na Califórnia onde fiquei em 4º lugar. 

Em 2017 fiz duas finais no WQS em Israel e na África do Sul.

Em 2018 sagrei-me pela primeira vez campeã nacional da Liga Meo.


Qual foi a tua adversária mais dificil de superar?

São todas difíceis neste nível mas depende sempre das condições.


Que tipo de quiver usas? É o mesmo para free surf, competição nacional e internacional?

Uso pranchas entre 5,8 e 6,3. Depois vou adaptando e fazendo pranchas com o meu Shaper Nick da Semente para cada campeonato. Tento não usar as minhas mágicas para o freesurf e treinos para guardá-las para os campeonatos mais importantes.


Que tipo de características procuras nas pranchas do dia a dia?

Para Portugal gosto de usar pranchas um pouco maiores que aguentem o mar com mais força e que me dêem mais segurança e conforto para poder puxar pelos meus limites.

Com qual questão ambiental te identificas?

Tento ajudar ao máximo para limpar as nossas praias e reciclarusar o menos plástico possível.

Tento fazer a minha parte e passar a palavra 😊


Como é o teu regime alimentar?

Eu diria bastante equilibrado. Como de tudo mas sem exageros.



Como é a tua semana de treino?

Treino cinco dias por semana na água com o meu treinador de surf Miguel Moreira. Vou três vezes ao ginásio com o meu PT João Miguel Garcia e ainda completo com treinos de apneia.


Qual é a tua comida e bebida favorita?

Sushi e Coca Cola (risos).

Qual é o teu filme e música preferidos?

The Proposal (risos) adoro uma boa comédia romântica. Quanto à música gosto de quase tudo.


Quais são os teus conselhos aos jovens que querem fazer carreira como surfistas?

Não desistam. As derrotas não vos definem, elas fazem parte do processo.


O que te imaginas a fazer no futuro? Quais são os teus planos?

Neste momento o meu objetivo é qualificar-me para os jogos olímpicos. Depois logo se vê. Gosto de viver a minha vida dia após dia mas tenho a certeza que vou sempre ficar no mundo do surf. Se calhar ajudar outras atletas no percurso de ser surfista profissional.

Fotografias: Instagram Camilla Kemp


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