Entrevista a Camilla Kemp
Nasci e cresci em Portugal, entre Lisboa e Cascais. 30/01/96.
Como começaste a surfar?
Comecei a surfar aos 10 anos com o meu irmão mais velho. Praticamente queria fazer tudo o que ele fazia.
O que sentes quando estás a surfar?
Sinto-me livre e em casa mesmo quando estou no outro lado do mundo. Dentro do mar não preciso de agradar a ninguém. Sou simplesmente eu mesma.
Qual é a tua onda preferida?
Na Praia do Guincho mas adoro todo o tipo de Point breaks de direitas.
Para além do Guincho, tens outro spot favorito?
Snapper Rocks e Lower Trestles. Das ondas mais divertidas que já surfei.
Como descreves a comunidade do surf?
Unida e muito diversa.
Ainda ficas nervosa antes dos grandes eventos?
Sim, muito! Hoje em dia sei transformar isso em adrenalina e vontade de dar o meu melhor.
Tens algum ritual pré-competições?
Gosto de ouvir música e aquecer bem.
Quais são os países que já visitaste?
Muitos, mas os meus top 5 são: Austrália, USA (Califórnia), Maldivas, Indonésia e México.
Quais são os teus patrocinadores?
Semente Surfboards, Creatures of Leisure, Futures Fins e Deutsche Sporthilfe.
Diz-nos o que mais gostas da Liga MEO e qual é a tua etapa preferida?
É ótimo poder competir num formato parecido ao World Qualifing Series, para poder treinar para as etapas europeias e mundiais. As minhas etapas preferidas são na Figueira da Foz e em Cascais.
Qual foi a cidade e o campeonato que mais te marcou?
Israel, Netanya. Foi a minha primeira final numa etapa de WQS. Um sítio completamente diferente com ondas muito diferentes daquilo que estamos habituados em Portugal. Lá o mar muda de um dia para o outro.
Quantos títulos tens?
Fui campeã nacional sub 16 e sub 18 feminino.
Vice campeã europeia sub 16.
Fui campeã europeia sub 20 do Volcom Tour e qualifiquei-me para a final mundial na Califórnia onde fiquei em 4º lugar.
Em 2017 fiz duas finais no WQS em Israel e na África do Sul.
Em 2018 sagrei-me pela primeira vez campeã nacional da Liga Meo.
Qual foi a tua adversária mais dificil de superar?
São todas difíceis neste nível mas depende sempre das condições.
Que tipo de quiver usas? É o mesmo para free surf, competição nacional e internacional?
Uso pranchas entre 5,8 e 6,3. Depois vou adaptando e fazendo pranchas com o meu Shaper Nick da Semente para cada campeonato. Tento não usar as minhas mágicas para o freesurf e treinos para guardá-las para os campeonatos mais importantes.
Que tipo de características procuras nas pranchas do dia a dia?
Para Portugal gosto de usar pranchas um pouco maiores que aguentem o mar com mais força e que me dêem mais segurança e conforto para poder puxar pelos meus limites.
Com qual questão ambiental te identificas?
Tento ajudar ao máximo para limpar as nossas praias e reciclarusar o menos plástico possível.
Tento fazer a minha parte e passar a palavra 😊
Como é o teu regime alimentar?
Eu diria bastante equilibrado. Como de tudo mas sem exageros.
Como é a tua semana de treino?
Treino cinco dias por semana na água com o meu treinador de surf Miguel Moreira. Vou três vezes ao ginásio com o meu PT João Miguel Garcia e ainda completo com treinos de apneia.
Qual é a tua comida e bebida favorita?
Sushi e Coca Cola (risos).
Qual é o teu filme e música preferidos?
The Proposal (risos) adoro uma boa comédia romântica. Quanto à música gosto de quase tudo.
Quais são os teus conselhos aos jovens que querem fazer carreira como surfistas?
Não desistam. As derrotas não vos definem, elas fazem parte do processo.
O que te imaginas a fazer no futuro? Quais são os teus planos?
Neste momento o meu objetivo é qualificar-me para os jogos olímpicos. Depois logo se vê. Gosto de viver a minha vida dia após dia mas tenho a certeza que vou sempre ficar no mundo do surf. Se calhar ajudar outras atletas no percurso de ser surfista profissional.
Fotografias: Instagram Camilla Kemp
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