Entrevista a Nic Von Rupp
Onde nasceste e cresceste? Qual é a tua data de nascimento?
Nasci e cresci em Oeiras. 02/08/1990.
Como começaste a surfar?
Para mim o surf surgiu de uma forma muito natural. Lembro-me de estar no carro do meu pai a ouvir os The Beach Boys, com três ou quatro anos, e senti empatia com o surf que eles falavam. Na altura, já parecia que fazia sentido na minha vida.
Só comecei a surfar uns anos mais tarde, quando os meus pais mudaram-se para a Praia Grande.
Os teus pais não aderiram muito bem à ideia de praticares surf, dado os perigos associados a este desporto. Como conseguiste ter a aceitação deles?
Quando comecei a fazer surf também fazia bodyboard, os meus pais não queriam que ''saltasse'' de um desporto para o outro. Diziam-me que era perigoso, mas a paixão era tanta que chega a uma determinada altura, que não há como negar.
O que sentes quando estás a surfar?
Sinto liberdade, uma limpeza da mente, perspectiva. Acaba por ser como uma terapia. Tem também o lado competitivo, a superação, a evolução, querer ser melhor todos os dias. Delinear objetivos, trabalhar por eles e conquistá-los.
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Como começaste a surfar as ondas gigantes da Nazaré?
Puxar pelos meus limites sempre foi algo que me motivou. Comecei a viajar atrás das maiores ondas, na altura a Nazaré não estava no panorama que está nos dias de hoje. Só nos últimos seis anos é que começamos a explorar mais a Nazaré, foi lá que apliquei a minha evolução, aquilo que aprendi lá fora.
Qual é a sensação de surfar as ondas gigantes da Nazaré?
A Nazaré é a maior onda, a onda rainha. É das melhores ondas para surfar.
Dado que em Portugal o desporto rei é o futebol, o que consideras que está a impulsionar o crescimento neste desporto?
Contribui termos as duas grandes cidades, Porto e Lisboa, junto ao mar. As pessoas têm uma grande cultura de praia, não diria de surf, mas sim de praia.
A Nazaré tem um impacto muito grande, assim como os surfistas portugueses a terem cada vez mais uma expansão internacional são fatores que ajudam a este crescimento.
Quais são as tuas maiores referências no surf?
Tenho várias. Cresci a fazer surf com o João Macedo, o primeiro impacto com o surf é o mais importante. Aprendi bastante com ele, desde a forma de lidar com o mar entre outras.
Obviamente também o Kelly Slater, Lucas Chumbo e Kai Lenny são surfistas que me inspiram bastante.
Qual foi a cidade que mais te marcou? E o campeonato?
Difícil! Onde eu cresci, toda a zona de Lisboa, a Praia Grande.
O Campeonato que mais me marcou foi o Nazaré Challenge do ano passado. Foi um campeonato bastante intenso em todas as frentes, como o lado competitivo, o acidente que aconteceu ao Alex Botelho.
Como é surfar em Espinho? Como avalias as ondas?
As ondas são incríveis.
Tens cuidados com a tua alimentação?
Sim, sem dúvida. Não como glúten há alguns anos e faz toda a diferença.
Qual é a tua comida e bebida favorita?
Adoro sushi e água.
Como te imaginas no futuro?
Gostava de trabalhar relacionado com o surf. Gosto muito de produção de conteúdos, vídeos.
Quais são os conselhos que dás aos jovens que querem fazer carreira como surfistas?
Têm que ter muita paixão, muita vontade de querer surfar, evoluir e fazer a diferença. Façam-no pela razão certa e não pelo glamour, fama e dinheiro. Acima de tudo a paixão pelo surf.
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