Entrevista com Beatriz Cosme
fevereiro 09, 2014
Fotografia: Elite Lisbon |
Maria Pedrosa: O que te levou a fazeres o casting do Elite Model Look? Foi
por iniciativa própria ou por conselho de alguém?
Beatriz Cosme: O que me levou a fazer o casting foi a minha grande paixão
pela moda e o sonho de construir uma carreira como modelo. Eu já sabia que o
casting era naquele dia e conhecia também o local, a minha mãe tinha-me dito
para eu ir, mas já tinha decidido que não ia, pois já tinha participado e como
não tinha ficado nas finalistas, fiquei um pouco desmotivada. No dia do casting
eu estava a trabalhar na praia, em Vilamoura, e apareceram lá o Hélio
Bernardino (director Elite Lisbon), o Ruben Rua (booker masculino), a Luisa
Beirão (booker feminina) e o José Caetano (director comercial), que estavam a
fazer scouting. Foi a Luísa quem me abordou e me convidou a ir ao casting.
Fiquei o dia todo a pensar que aquela podia ser a oportunidade que estava à
espera, e os meus colegas de trabalho também me incentivaram muito a ir, e no
fim do dia não consegui não ir. Nem disse nada à minha mãe só quando cheguei a
casa é que lhe disse, e ela ficou muito contente!
Maria Pedrosa: Onde fizeste o casting? O que tinhas de fazer no casting?
Beatriz Cosme: O casting foi feito no Água Moments, em Vilamoura. Primeiro
preenchi uma ficha, tiraram-me umas fotografias, e as medidas. Depois tive que
desfilar, e o júri, composto pelo Ruben Rua, pela Luisa Beirão, e pelo Hélio
Bernardino fizeram-me umas perguntas, e pronto! Foi bastante rápido, e
lembro-me que não estava tão nervosa como quando tinha participado na primeira
vez.
Maria Pedrosa: Como se realizou (etapas) o concurso Elite Model Look?
Beatriz Cosme: Este ano, o concurso dividiu-se entre o casting, uma sessão
fotográfica, e a final.
O que sentiste quando soubeste que tinhas sido escolhido
para as semi-finalistas? E finalista?
Quando me ligaram a dizer que eu estava nas 10 finalistas,
nem queria acreditar! Estava na praia, super tranquila e não estava nada à
espera de receber aquela chamada. Fiquei muito surpreendida porque achava que
ainda ia ter que passar pela semi-final, até achei que tinha ouvido mal! Mas
depois percebi que realmente este ano não ia existir uma semi-final, que eu estava
mesmo na final e que isso significava que pertencia à grande família, que é a
Elite Lisbon. Bem, só faltava dar pulinhos! Sabia que o “primeiro-passo” para
realizar o meu sonho estava dado. Liguei logo à minha mãe e ela ficou
completamente radiante!
Maria Pedrosa: Como correu a sessão fotográfica do concurso? Qual foi o
fotógrafo? Onde se realizou?
Beatriz Cosme:A sessão fotográfica foi no Porto, com o fotógrafo Frederico
Martins. Eu sou muito crítica comigo mesma, e reparo logo nos defeitos, por
isso nunca estou completamente satisfeita com o resultado. Mas acho que até não
me sai mal para a primeira vez! De resto, trataram-nos todos muito bem. Foi a
primeira vez que tive contacto com os outros concorrentes, foi muito bom.
Maria Pedrosa:Como foram os dias antes da final?
Beatriz Cosme: Nos dias antes da final, estava muito ansiosa. Parecia uma
criança que ia ao jardim zoológico pela primeira vez! Lembro-me que quase só
comia salada e sopa com medo de engordar! Tentei fazer o máximo de exercício
físico que conseguia. Bebia muita água. Andava em casa sempre de saltos altos
para me habituar!
''Quando começou a chegar a hora do desfile é que comecei a ficar nervosa, mas assim que ouvi a música e os primeiros candidatos entraram para a passerelle, os nervos deram lugar a uma adrenalina maravilhosa!''
Maria Pedrosa:Como te sentiste no dia da final?
Beatriz Cosme: No dia da final acordei muito cedo, queria tanto começar
o dia que não conseguia dormir! Estava muito feliz, esperei muito para que aquele
dia chegasse. Tentei aproveitar e divertir-me ao máximo, levar as coisas mais
na desportiva. Passei muito tempo com as outras concorrentes e adorei
conhecê-las a todas! Foi muito engraçado porque mesmo entre nós não existia
espírito de competitividade. Parecia que já nos conhecíamos há muito tempo! É
claro que houve umas com quem criei mais empatia, mas não havia nenhuma com
quem eu não simpatizasse! Com os rapazes, também gostei muito de conhecê-los,
todos eles são muito queridos. O pessoal da agência foi todo cinco estrelas
connosco, cada um deles ajudou-nos e aconselhou-nos para que aquele dia fosse
para nós inesquecível, e devo-lhes um grande obrigada, porque conseguiram.
Depois, aqueles que estavam em backstage também foram muito simpáticos.
Quando começou a chegar a hora do desfile é que comecei a
ficar nervosa, mas assim que ouvi a música e os primeiros candidatos entraram
para a passerelle, os nervos deram lugar a uma adrenalina maravilhosa!
Aproveitei cada minuto do desfile, cada passo, tudo! Na hora de anunciar os
vencedores voltaram os nervos, e confesso que senti um pico de desilusão quando
percebi que não era eu a vencedora, mas penso que é natural. Apesar disso foi
um dia excepcional e que ficará para sempre guardado na memória e no coração de
cada um de nós.
Fotografia: Elite Lisbon |
Maria Pedrosa:Tens alguns segredos de beleza, dietas?
Beatriz Cosme: Quanto a dietas ou segredos de beleza, não fiz nada que
não fizesse nos outros dias, quando acordei limpei a cara com um gel de
limpeza, passei um tónico e um creme hidratante, e depois do duche um creme
hidratante no corpo.
Maria Pedrosa: Na final desfilaste para algum estilista? O que sentiste?
Beatriz Cosme: Sim, desfilei para o estilista Dino Alves, aliás desfilámos todos. Senti-me importante! Nunca antes tinha desfilado para um estilista, e gostei muito!
Fotografia: Beatriz Mariano |
Maria Pedrosa:Para além das saudades, qual foi o legado que este concurso
te deixou na tua vida?
Beatriz Cosme: As saudades, essas são muitas! No dia da final, de manhã,
tivemos uma espécie de reunião, com o Hélio Bernardino, a Luísa Beirão, o José
Caetano e o Ruben Rua em que todos eles falaram connosco e nos explicaram tudo
o que iria acontecer ao longo do dia. Lembro-me muito bem do Ruben estar a
falar, e dizer para aproveitarmos, e para nos divertirmos ao máximo durante o
dia, pois seria um dia único e que iria deixar muitas saudades. Hoje percebo
perfeitamente o porquê de ele ter dito isso. Pois é exactamente o que eu hoje
sinto, muitas saudades mesmo. Aprendi que nunca devemos desistir dos nossos sonhos,
daquilo que realmente queremos. Aprendi que muitas vezes uma competição não tem
que ser levada tão a sério, e que desfrutamos muito mais das coisas se
descontrairmos, e não ficarmos obcecados com a vitória, pois às vezes, não é o
mais importante. Com isto não quero dizer que o espírito competitivo não é bom,
mas sim que muitas vezes ficamos cegos com a vitória e acabamos por não ser
verdadeiramente felizes, assim como não aproveitamos as coisas da maneira como
realmente devíamos. É claro que eu gostaria de ter ganho, todos gostaríamos,
mas não é o essencial, penso que cada um de nós levou coisas boas para a vida.
Beatriz Cosme a primeira rapariga a contar da esquerda Fotografia Frederico Martins |
Maria Pedrosa
Fevereiro, 2014.
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